quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Pipoca isopor


Existem dois tipos de pipocas, a pipoca do milho-pipoca da espécie botânica Zea mays L., e a pipoca de milho desgerminado ou canjica de milho (mais conhecida como pipoca isopor). 


No nordeste, a pipoca isopor é muito consumida, de fácil acesso e de baixo custo. Porém, ouvi-se muitas estórias de que várias pessoas já encontram de tudo nessas pipocas, barata, insetos, pedaços de borracha, pedrinhas.

Em 2011, durante quatro meses, na Universidade Federal da Paraíba, realizei algumas análises e avaliações da qualidade físico-química e microscópica de quatro marcas comerciais de pipoca de canjica de milho sabor manteiga, comercializadas na cidade de João Pessoa.

Os resultados foram preocupantes. Elevados teores de lipídios e sódio foram encontrados nas marcas de pipocas analisadas que podem contribuir para o aumento tanto do colesterol quanto da hipertensão arterial principalmente em crianças. 

Foram encontrados larva e inseto, em duas marcas analisadas indicando a falta ou falha nas condições higiênico-sanitárias durante o processo, estando, portanto em desacordo com a legislação que padroniza ausência de matérias estanhas.

DICAS do Guia Alimento Seguro:

1. Evite consumir esse tipo de pipoca;

2. Se for consumir procure não comer o pacote inteiro, pois você estará ingerindo um elevador teor de sódio e de lipídeos.

3. Observe o tipo de embalagem, prefira a pipoca embalada em Polietileno Laminado,  pois tem maior poder de proteção contra o oxigênio, a luz, a umidade, absorção de odores estranhos, aroma, entre outros. Portanto, evite as pipocas embaladas nos saquinhos transparentes.



VÍDEO:

Você que sempre teve curiosidade em saber como a pipoca isopor fica com aquele formato basta assistir o vídeo a seguir:

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Furinhos no queijo coalho



Entre 2004 e o primeiro semestre de 2008 foram notificados pela Vigilância Epidemiológica da Paraíba, 42 casos de surtos alimentares. Verificou-se que 23,8% dos surtos estavam relacionados a queijos (aproximadamente 10 casos). 

Queijo Coalho:

É obtido por coagulação do leite por meio de coalho, complementada ou não pela ação de bactérias lácteas selecionadas, classificado como queijo de média a alta umidade. (Ministério da Agricultura. Portaria n° 146, de 7 de março de 1996. Regulamento Técnico de Identidade e  Qualidade de Queijos)

No nordeste, o queijo coalho é bastante consumido, porém, na maioria das vezes é fabricado de forma artesanal e em queijarias de pequeno a médio porte. Dessa forma o queijo coalho apresenta alguns problemas de relevância para a saúde pública, pelo potencial risco de causar doenças transmitidas pelo alimento. 

RISCOS: 

Matéria prima: O leite, a principal matéria prima para fabricação do queijo coalho, pode apresentar um alto índice de microrganismos. 

Higiene: A falta de higiene dos funcionários e equipamentos. 

BPF: A grande maioria das empresas que fabricam o queijo coalho desconhecem ou não utilizam as "Boas Práticas de Fabricação" (BPF), que fornecem medidas de higiene adequadas para a fabricação de alimentos.

Feira Livre: Atenção! Na maioria das vezes encontramos os queijos sendo vendidos em feiras sem refrigeração e misturados com outros alimentos crus. A grande maioria dos consumidores ainda acham que o melhor queijo coalho é esse vendido na barraquinha da feira. Porém os queijo devem ser vendidos sob refrigeração e separados dos outros alimentos crus, para assim garantir a qualidade e evitar a multiplicação dos microrganismos.


Furinhos: Cuidado! Muitos consumidores acham que quanto mais furinhos no queijo mais gostoso ele é. Os furinhos são chamados de olhaduras e podem ser de duas origens:

1. No momento da enformagem do queijo durante a produção. É importante ressaltar que em alguns queijos os furinhos são desejáveis.

2. Bactérias do tipo coliformes, que provocam diarreia e infecção.


DICAS do Guia Alimento Seguro: 

1. Dê preferência ao queijo coalho com menos furinhos.

2. Observe se o local é refrigerado. Evite comprá-los sem refrigeração.

3. Verifique o prazo de validade, se embalagem está intacta, se o queijo está bem consistente, com cor e aspecto normais para o consumo.